Fernandinha e Ingra
No inverno de 1987, eu assistia a um filme de Indiana Jones em vídeo com o então meu chefe, e até hoje amigo, Jorge Olavo de Carvalho Leite. Era um domingo à tarde, fazia muito frio, a lareira estava acesa e bebíamos algo quando, vinda de um dos quartos da casa antiga e bela no bairro Floresta, em Porto Alegre, entrou na sala uma menina de cabelos claros cacheados, rosto de anjo e corpo adolescente envolto por uma camisola semitransparente, curta e com babados.
Era uma visão do paraíso. O pai, preocupado com meu eventual olhar malicioso, pediu de imediato que ela fosse se vestir direito, pois aquilo não eram trajes para aparecer diante de marmanjos. Ele fez bem, é sempre melhor não arriscar, mas não havia grande perigo. Além do respeito pelo amigo leal e pelo local que me acolhera, ela tinha 13 anos e eu 26. Eu ainda era, portanto, muito jovem para sonhar com anjos.
A menina cresceu, ampliou a beleza, mostrou talento e hoje é uma grande e consagrada atriz. O pai, jornalista famoso nas redações de Porto Alegre, por certo não se importou quando ela deixou de ser a filha do Jorge Olavo para ele se tornar o pai da Fernanda.
A Fernandinha, querida amiga, faz tremendo sucesso atualmente com a peça Inimigas Íntimas, na companhia da também talentosa e bela Ingra Liberato, que conheci um pouco depois, na tela da TV, aos 23 anos, exalando sensualidade e talento em Pantanal. Inimigas Íntimas tem texto de Artur Pinto e direção de Néstor Monastério. A próxima temporada vai desta quinta, 17 de julho, até 10 de agosto no Teatro da Amrigs, em Porto Alegre. Mas o convite elas mesmas fazem no vídeo abaixo.
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