Os suspeitos de sempre
Em 1994 eu era editor executivo do jornal Zero Hora e tinha,
entre minhas tarefas, editar a capa do jornal e coordenar a reunião de capa, da
qual nem sempre participavam o diretor de redação e o editor-chefe. Nesta
reunião os editores de cada área apresentavam os assuntos que teriam destaque
na edição. Logo depois da implantação do Real, ao final de uma reunião na qual
todos disseram não ter nada interessante naquele dia – cheguei a brincar: “Ok,
a gente cancela a capa” –, solicitei à Rosane de Oliveira, editora de política,
e ao Moisés Mendes, da economia, que permanecessem mais um pouco comigo e com o
Ricardo Chaves, editor de fotografia, pois não poderíamos sair dali sem ao
menos uma sugestão de manchete.