sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Relíquias em preto e branco

Meu pai gostava tanto de fotografar quanto de ser fotografado, numa época em que câmeras eram caras, muitas vezes precárias, e fotografar exigia certo esforço, sem contar a burocracia e os custos de revelação e cópias. Graças a este gosto, e aos cuidados de minha mãe na preservação do arquivo, tenho hoje a possibilidade de digitalizar (em alguns casos, com grande perda de qualidade, até por minhas condições amadoras) verdadeiras relíquias.

Além disso havia o capricho dele em anotar atrás das fotos o local, a situação, a data e o que mais considerasse relevante, em letra inteligível e bonita. Minha mãe sempre brincava que, ao contrário do que costumava acontecer, a letra bonita da casa era a do menino, e não a da menina.

Publiquei no FB algumas destas jóias, cujas legendas são, na maioria, as que ele mesmo anotou, por isso estão entre aspas.

Outro detalhe curioso. Meu pai deveria se chamar Eliziário Bueno, mas, ao fazer ele próprio seus primeiros documentos "de adulto", optou por utilizar o Rocha, sobrenome da mãe, e tirou o Bueno do pai. Segundo ele me explicou, não se tratava de qualquer problema em relação ao pai, ele simplesmente não gostava de Bueno, preferia Rocha, foi uma decisão puramente estética.

Percebe-se pelas anotações nas fotos que na juventude ele utilizava a forma reduzida Elizio. Depois passou a ser o Eliziario (eu uso com acento, ele usava sem) e finalmente adotou em definitivo Rocha como forma preferencial de tratamento. Por isso, por ele ser o Rocha, eu ao natural usei sempre o primeiro nome, até para não confundir, embora eu não seja Júnior, pois tenho o Goulart de minha mãe.

A foto que ilustra este texto (no escritório da 
Otaic S.A. São Paulo, em novembro de 1952é a minha preferida deste "lote", pela composição do quadro e pela luz. Para olhar o álbum inteiro, faça-me uma visita no FB. O ícone na coluna à direita leva direto para minha página.

Reparto com vocês algumas curiosidades familiares nesta época de lembranças e balanços.

Um grande 2014 para todos.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Lorem, uma leitora especial

Lorem Krsna tem 21 anos, nasceu em Icaraí, Ceará, em 5 de novembro de 1992, migrou para Juazeiro do Norte para cursar a faculdade de odontologia e, desde setembro deste ano, encontra-se na Austrália, onde permanecerá como bolsista pelo período de um ano e meio. Gosta de música e de livros, de escrever (loremkrsna.blogspot.com.br) e de trabalhar com pesquisas. Adora cães e, principalmente, gatos, ama bolo de cenoura com calda de chocolate e é fanática por chá e café.
Quando tinha 13 anos, Lorem leu minha ficção infanto-juvenil Elyakan e a Desordem dos Sete Mundos, lançada em 2002. Tempos depois, aos 18, publicou um comentário em seu blog. Neste momento, em que ela passa por sensações únicas, de experiências e ricas descobertas em Brisbane, no outro lado mundo, ao mesmo tempo em que administra a dor de uma grande perda ocorrida às vésperas do Natal, resolvi fazer um agradecimento público e lhe prestar esta homenagem.
Lorem e eu nunca nos vimos no mundo real, mas eu a convidei para me ajudar a escrever um eventual segundo episódio de Elyakan que, caso eu venha a produzir um dia, terá sido por insistência desta leitora muito especial. Eis o texto dela:
“Há alguns anos li um livro que encontrei por acaso em uma bienal em Fortaleza. Digo por acaso porque foi mesmo. Caiu em cima do meu pé...

Mas, enfim, era um livro intitulado Elyakan e a Desordem dos Sete Mundos, e isso chamou-me a atenção até mais do que a maneira com que ele veio até mim. Acabei comprando e não me arrependi. 

domingo, 22 de dezembro de 2013

As 10 coisas que eu decididamente farei mais em 2014
10. Manter distância de pessoas tóxicas.

9. Ficar próximo de pessoas iluminadas.
8. Cantar.
7. Andar de bicicleta.
6. Escrever o que me dá prazer.
5. Conviver com a natureza.
4. Viajar.
3. Cuidar de mim.
2. Curtir minhas filhas.
1. Sorrir.