(Meu texto na coluna de Augusto Nunes em 19 de setembro de 2017)
VESTAL EM CASA DE TOLERÂNCIA
Lula nunca soube o que se passava na Petrobras do Petrolão ou no Congresso do Mensalão, tampouco tomou conhecimento de atos de corrupção realizados por membros graduados do partido do qual é criador, presidente de honra – título que embute certa ironia – e mandatário perpétuo. Sequer foi informado do que ocorria nos gabinetes e corredores de estatais e ministérios comandados por gente de sua confiança, nomeada por ele e que, supostamente, estava ali para cumprir suas diretrizes e lhe prestar contas.
Trata-se de uma vestal em casa de tolerância, a donzela recém-chegada dos grotões que vai parar em um bordel acreditando estar em uma inocente casa de shows. Lula, fundador da agremiação que usa o número 13 e prestou depoimento no último dia 13, esteve no poder por 13 anos – outra ironia involuntária do destino –, pessoalmente ou por meio do poste avançado Dilma Rousseff, mas nunca participou da roubalheira que corria solta sob sua barba. Comporta-se como a mocinha que resistiu ao bordel sem ter a inocência subtraída e nem mesmo percebeu que aquelas mulheres excessivamente maquiadas protagonizavam ações capazes de ruborizar a mais experiente cafetina.
O assombroso, longevo e desmedido assalto aos cofres públicos transformou o Brasil num imenso lupanar explorado por incontáveis corruptos. Agora, para se livrarem de uma cana mais dura, eles acusam a mocinha do interior de tê-los comandado, enquanto ela continua acreditando que aquela era apenas uma casa de shows.
(Foto de Ricardo Stuckert/Instituto Lula)
O assombroso, longevo e desmedido assalto aos cofres públicos transformou o Brasil num imenso lupanar explorado por incontáveis corruptos. Agora, para se livrarem de uma cana mais dura, eles acusam a mocinha do interior de tê-los comandado, enquanto ela continua acreditando que aquela era apenas uma casa de shows.
(Foto de Ricardo Stuckert/Instituto Lula)
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