terça-feira, 30 de abril de 2013



Falando em Senna (1):


Senna e Rubinho

Lá pelo início de 2003, Augusto Nunes e eu nos dirigíamos à sede do Instituto Ayrton Senna. Faríamos uma entrevista com Viviane Senna que renderia reportagem de capa para a revista Forbes. Eu já estava um pouco irritado com a lerdeza do taxista. Saíra com ele do flat onde eu morava ocasionalmente, no Itaim Bibi, passara nos Jardins para apanhar o Augusto e rumávamos para o bairro de Santana, onde fica o IAS, sempre muito devagar para meus padrões.

Augusto perguntou: “Estamos atrasados?” Olhei para a rua, para ver mais ou menos onde nos encontrávamos, e respondi: “Um pouco, creio que estaremos lá em cinco minutos”. Ao que ele disse: “Tudo bem se ela ficar esperando um pouco, afinal, é natural chegar depois de um Senna”.

Não resisti e completei: “Ainda mais com o carro sendo pilotado pelo Rubinho”. O taxista virou-se, encarou-me com indisfarçável tristeza e falou: “Pô, doutor, também não precisa me esculhambar”.

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