Falando em Senna (1):
Senna e Rubinho
Lá pelo início de 2003, Augusto
Nunes e eu nos dirigíamos à sede do Instituto Ayrton Senna. Faríamos uma entrevista
com Viviane Senna que renderia reportagem de capa para a revista Forbes. Eu já
estava um pouco irritado com a lerdeza do taxista. Saíra com ele do flat onde eu
morava ocasionalmente, no Itaim Bibi, passara nos Jardins para apanhar o
Augusto e rumávamos para o bairro de Santana, onde fica o IAS, sempre muito
devagar para meus padrões.
Augusto perguntou: “Estamos
atrasados?” Olhei para a rua, para ver mais ou menos onde nos encontrávamos, e
respondi: “Um pouco, creio que estaremos lá em cinco minutos”. Ao que ele
disse: “Tudo bem se ela ficar esperando um pouco, afinal, é natural chegar
depois de um Senna”.
Não resisti e completei: “Ainda mais
com o carro sendo pilotado pelo Rubinho”. O taxista virou-se, encarou-me com
indisfarçável tristeza e falou: “Pô, doutor, também não precisa me
esculhambar”.
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