(Meu texto na coluna de Augusto Nunes em 7 de setembro de 2017)
PACTO COM O SANGUE ALHEIO
Além de discorrer sobre o pacto feito com o sangue dos brasileiros decentes, Palocci se dispôs a detalhar os encontros que teve com Lula para combinar de que forma poderiam criar obstáculos para a Lava Jato, mas Moro preferiu deixar para outra ocasião para não se desviar do foco da ação alvo do depoimento. O Italiano ainda tem muita bala na agulha. Agora, em vez de tentar transformar um caseiro em bode expiatório para esconder suas falcatruas, está disposto a entregar o Amigo que jura não ser dono de triplex, nem de sítio, mas que se achava dono da casa da Casa da Mãe Joana em que tanto lutou para transformar o país.
Como mesmo quadrilheiros podem ter bom senso, Palocci disse ter alertado Lula: “Nosso ilícito com a Odebrecht já está monstruoso. Se nós fizermos esse tipo de operação, nós vamos criar uma fratura exposta desnecessária”, referindo-se à aquisição clandestina, pela empreiteira, de um terreno para o Instituto Lula. Mas o ex-presidente embriagado de poder fez ouvidos moucos, afinal, sempre julgou estar acima da lei. Há muito percebeu que não está, mas fingirá não saber disso – e de coisa alguma – mesmo depois de embarcar no camburão.
(Foto de reprodução de TV)
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