(Meu texto na coluna de Augusto Nunes em 29 de julho de 2017)
A PETULÂNCIA DA JARARACA
Em entrevista à rádio Som Maior, de Criciúma, repercutida por VEJA, o discurseiro de fim de linha atribuiu sua condenação pelo juiz Sergio Moro a pressões da imprensa e mentiras. “Eu não tenho que explicar nada, primeiro porque tenho 76 palestras feitas no exterior”, respondeu – comparando-se a Bill Clinton –, ao ser questionado sobre os R$ 9 milhões no Banco do Brasil, o homem que conseguiu a proeza de realizar dezenas de palestras clandestinas num mundo em que qualquer manifestação de alguém conhecido é imediatamente reproduzida em milhares de páginas na internet por meio de fotos, vídeos e áudios feitos pelo próprio público. “O Moro não tinha como se explicar à Rede Globo de Televisão se não me condenasse”, seguiu delirando o condenado petulante.
No ano passado viralizou na internet a postagem de uma conversa real em um grupo familiar no WhatsApp (ocorrida em 2014), na qual a mãe, achando que o filho não fora respeitoso em uma resposta ao pai, escreveu: “Percebe, Evair, a petulância do cavalo?” O meme ganhou incontáveis versões. Talvez possa ser reciclado, trocando-se “cavalo” por “jararaca”. Percebe, Evair?
(Foto de divulgação AGPT)
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